Hoje, estudando a Palavra de Deus, me chamou muito a atenção
para Lucas 15, 11-32. (Os dois filhos)
O que os dois filhos tinham em comum? Os dois
estavam ocupados com eles mesmos. Um se considerando escravo e o outro
esbanjando a herança do pai. Na hora da fome os dois ficam solitários, porque
não construíram vínculos de afeto com ninguém. Os sentimentos são de culpa,
medo, inveja e ganância. O mais novo sente-se perdido econômica e moralmente. O
mais velho incapaz de aceitar a volta do irmão. O relacionamento dos dois não é
de afeto, são utilitários. Deus ama você do mesmo jeito que ama seu irmão. Não
soma nem créditos nem débitos. Está sempre com a mesa posta, te esperando com
um novilho gordo, para te dar um abraço, um beijo. Deus tem a sua Boa Vontade
Amorosa e a Sua Graça em nossa direção. Como Paulo diz em 1Corintios 11,17:
“Nisto que vou lhes dizer, não posso elogiar vocês, porque as suas assembleias,
em vez de ajudá-los a progredir, os prejudicam”. Então, como é que a gente tem
a nossa assembleia, que faz mais mal do que bem? O problema não está em Deus,
está na gente. E qual é o nosso problema? (1Corintios 11,18-20) Em primeiro
lugar quando nos reunimos como Igreja, há divisões entre nós. Não nos tratamos
como um só. Vemo-nos como irmãos mais velhos, mais novos, mais pecadores, menos
pecadores, joio, trigo, carnal, espiritual. Quando se reúnem não é para comer a
mesa do Senhor, mas cada um come sua própria ceia sem esperar pelos outros. Não
prestam atenção em quem está do lado. Deus está dizendo: “EI ACORDA, VOCÊ NÃO
ESTÁ SOZINHO NO MUNDO, TEM GENTE AO SEU LADO”! Quem é você para estar na mesa
COMIGO? Volte seus olhos para Deus, para os outros e para vocês mesmos. Deus
continuará lá para você e para mim. A questão é saber se nós vamos estar lá
onde Deus está! De tempos em tempos devemos fazer uma parada, nos colocarmos no
silêncio diante de Deus e recuperarmos o discernimento da GRANDEZA, DO AMOR, DA
MAJESTADE DE DEUS DIANTE DE QUEM NÓS ESTAMOS. Recuperarmos de fato, que vivemos
em comunidade e que há outras pessoas a nossa volta. Mas também temos que
recuperar um olhar a respeito de nós mesmos, não como bichos que comem no
chiqueiro e nem como escravos que trabalham para Deus por um motivo inadequado.
Mas como filhos e filhas de Deus, à mesa de Deus, para nos despertarmos para
ELE, para o nosso próximo e para nós mesmos. A Eucaristia é a celebração da
Nova Aliança, isto é da nova humanidade que nasce para participação no ato de
Jesus, que não deve ser só na celebração, mas também na nossa vida prática.
Então vamos por em prática vivermos em comunidade como Jesus nos ensinou: amar,
partilhar, participar, integrar, somar, dividir, festejar, acolher,
evangelizar, agradecer, orar, alegrar-se sempre, ser solidário... Mas por quê? Se
Jesus me ama como eu sou: chato, invejoso, egoísta, fofoqueiro..... Porque devo mudar, melhorar? A questão é na hora de prestar contas com o PAI! Amém?
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