sábado, 27 de abril de 2013

Artigo Padre Delair - 28 de Abril de 2013 - O TEMPO PASSA...

  

O TEMPO PASSA...
 
Quanto nos esquecemos da passagem do tempo...
Gosto de lembrar do tempo que voa e acelera a nossa vida...
Gosto de refletir sobre como o tempo caminha com pressa, ao menos ultimamente.
O tempo é o maior inimigo e o mais justo juiz do ser humano, pois ele é cruel e justo e não faz acepção de pessoas... Seja quem for, ele se vai sem pestanejar engolindo nossa vida e devolvendo a nós nossos merecimentos com a fome de um leão.
Creio que esteja me tornando um grande saudosista ou o peso da idade vem me fazendo olhar muito para trás; mas olho com o carinho de quem se realizou demais da conta nesta vida... Deus foi e é muito generoso comigo.
Mas quero lembrar a nós neste texto a grandeza de parar um pouco e refletir sobre aquilo que fizemos e devemos fazer para nos tornarmos pessoas realizadas e que sabem realizar os outros sem se anular ou querer refletir nos outros aquilo que é para nós real felicidade.
Nossa realização deve ser o maior intento nesta vida, pois é somente isso que fica... Uma pessoa realizada faz o sucesso na própria vida e na vida dos que a rodeiam...
Nada nos pode tirar o ideal de viver e se realizar... Nada, nem ninguém! Somos únicos, com uma só impressão digital e uma só arcada dentária e por isso não podemos querer ter ou fazer os outros realizados sem estarmos realizados... Não que não devamos ajudar os outros... Mas ninguém dá aquilo que não tem.
O mundo está totalmente envolto em suas “neuras” do ter e do poder, mas o que deveria galgar nossa estadia nesta vida é a certeza de que a realização do ser faz o poder do amor prevalecer (poeta eu, não?).
É...” O tempo urge”... “o tempo é o melhor remédio”... “nada como o tempo”.... São frases que assolam nosso pensamento e que nos levam a meditar aquilo que fazemos e como passamos este tempo sem perdê-lo com coisas banais e passageiras.
Como seguir avante neste tempo sem reservas é uma receita que só a vida nos dará.
O tempo vai-se queiramos ou não... As rugas advêm; queiramos ou não... Os cabelos branqueiam, queiramos ou não!
O que importa é que não deixemos que os estereótipos da velhice destruam em nós a criança e o jovem interior... Lógico que não aceito esta história de dizerem que somos jovens por dentro... É a maior mentira, pois os dois têm a mesma idade, dentro e fora (risos); mas gosto de pensar e agir como o jovem ou a criança inconseqüente de quando em vez. Assim se vive melhor; sem as amarras que o peso da idade nos impõe.
O que verdadeiramente importa é não parar... É desacorrentar nossa vida rumo à felicidade... É ir avante sem medo de ser feliz.
Como sempre digo: não esmoreça no ideal de ser feliz!
Deste amigo e irmão na jornada da vida:
 
Pe. Delair Cuerva.
 
Nb: seu lugar vazio na sua comunidade deixa saudade no coração de Deus.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Artigo Padre Delair - 21 de Abril de 2013

     

SETE ANOS DE ASFA...

Aniversário da ASFA (Associação Sagrada Família)... Sete anos de existência nestas terras dos Bons Ares (quase terra do Papa: Buenos Aires). Momento de agradecer por todas as conquistas adquiridas pela sua ajuda e presença sempre amiga. Até quem critica ou criticou nos ajudou a chegar até aqui... Meu e nosso Muito obrigado!
Fico imensamente feliz em ter pessoas ao meu lado sonhando algo novo e bom para aqueles que mais sofrem...
Nossa “creche” do idoso ou Casa Dia do Idoso vai caminhando a passos contínuos e no anseio de fazer o bem... Talvez você não saiba, mas ela vai querer atender, durante o dia (em horário comercial), idosos a partir de seus 60 anos e está se ajeitando a casa para isso; para que eles tenham mais condições de passar um dia inteiro sentindo-se amados; não que não sejam em suas casas, mas mais amados ainda como merecem depois de tantos anos de trabalhar pela sua família... É... A ASFA que ajudar e isso custa, pois, como dizem: fazer o bem é muito difícil.
Nestes sete anos somente quero louvar o Bom e Dulcíssimo Deus por todas as conquistas... Ele é providente e é crendo Nele que caminhamos até aqui.
Pois é... Fico extasiado ao ver e ouvir falar mal de pessoas ou órgãos que querem fazer o bem e, ao invés de ajudar, se quer atrapalhar... Não sei até onde vão tantas coisas más que fazemos ou que nos associamos para destruir ao invés de construir... Acho incrível que as pessoas sejam tão egoístas a ponto de “detonar” ao invés de colaborar... Uma busca doentia de poder assola as pessoas e acabam por querer destruir os alicerces das coisas boas...
Penso muito na saudosa “dona” Amélia e me lembro que ela ensinava muito a gente a ser melhor, simplesmente pelo gesto de olhar com carinho as coisas e pessoas e sempre ter um sorriso ou um jeitinho meigo de ser. Será que não temos que tomar atitudes ao invés de milhares de palavras?
É muito fácil falar e falar, mas precisamos passar da palavra a ações e deixar de lado tanta mania que temos de negativar as coisas e pessoas.
A ASFA quer ser isso e muito mais no dia a dia de nosso mundo... Quer ser sinal de que as coisas podem ser vividas com alegria e sabendo que estamos aqui para marcar... Foi isso que assolou meu coração e de uma turma quando criamos a mesma... Querer fazer algo por alguém.
Não entendo o mundo sem a mão estendida... Não consigo ver o mundo sem descruzar os braços... Não consigo imaginar-me apenas passando por este mundo.
As pessoas têm que buscar fazer algo senão serão apenas mais um ser a roubar o oxigênio da terra.
Fomos criados para coisas que façam a diferença e não apenas para estar aqui ocupando espaço... Não sejamos medíocres em nada fazer, pois se aqui estamos é para fazer algo e enquanto aqui estivermos sejamos e façamos a diferença.
Bom, quero agradecer e muito à Santíssima Trindade pela ASFA; à Maria, nossa mãe por estar conosco na empreitada e São José pela insistência na providência... Lógico, a muitas pessoas que se fosse aqui elencar não caberia nestas linhas até a eternidade... A+Dom Aloísio que nos apoiou em primeiro como Igreja e Dom Maurício que nos apoia, pois a igreja deve ser afeto e carinho como diz nosso papa Francisco.
Nosso obrigado... Da equipe ASFA (TODOS) e Fraternidade Missionária da Divina Providênciaa você que fez esta história de sete anos!
Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José:
Pe. DelairCuerva, fmdp

sábado, 13 de abril de 2013

Salmo 29 - 14/04/2013 - 3º Domingo da Páscoa


MUITO A MUDAR.......Artigo Padre Delair - 14 de Abril de 2013

             
MUITO A MUDAR...

Muitas vezes não entendemos os impactos que a vida nos oferta... É cada coisa maluca que a vida nos dá que não conseguimos entender nada ou quase nada...
Fico a me questionar o que fazer quando a vida vem com suas novidades que assolam o coração... Mas o segredo e a resposta vêm ao coração em saber que cada passo faz o caminho e que não podemos chegar se não caminharmos. Bem por isso não devemos ficar impactados e sim nos preparar para a corrida da vida e lembrar que ela vai numa velocidade tão alta que por vezes não conseguimos sequer acompanhar.
Outro dia fiquei pensando como perdemos tempo com “picuinhas” absurdas que tomam o tempo da gente... Umas briguinhas “bestas” que não levam a nada... A não ser pra uma mágoa profunda que fica sendo remoída e ruminada e que só traz discórdia e maledicências...
Muito me “apoquenta” as ideias pensar que somos tão inteligentes e capazes para aquilo que queremos, mas somos, por vezes, incapazes de gestos de amizade verdadeira e solidária. Haja visto tudo que percebemos na sociedade... Tantas desilusões e desafetos por conta de tão pouco. Gente que, por motivos torpes e vazios arrancam a vida de outrem... Famílias que se desestruturam por conta de “merrecas”... Não sei ainda onde o ser humano pode parar!
Quando conversei com Dom Maurício, Arcebispo de Botucatu, disse que não sei se creio na humanidade e sempre me assolou a ideia a frase dele: “não podemos deixar de crer no ser humano”, mas confesso que me questiono se o ser humano ainda tem jeito... Creio no poder de Deus e que nem tudo está perdido, mas fico deveras insatisfeito ao ver que nossas pregações se esbarram em ineficientes táticas ou práticas... Fico tal e qual certos pais que devem estar sentindo-se invalidados ou inválidos diante das atitudes de seus filhos que não condizem com o que foi ensinado... É... Não sei não! (Risos).
Olhando os mofos das paredes pelas chuvas e goteiras da casa me questionam se nosso telhado não será de vidro ao atirar pedras nos dos outros ou se nossa vida é tão perfeita como imaginamos que seja para termos o “direito” de lançar pedras nos dos outros... Será que estou fazendo melhor do que aquele a quem critico?
Acho incrível como somos eternos insatisfeitos... Nada está bem para nós ditos seres modernos... Quer comprovar? Pergunte-se a si mesmo (como me faço sempre) se você está bem e note qual sua resposta; se a mesma não encontrará certos negativismos... Tipo: como vai? Vou bem, mas... E daí há o discorrer de uma ladainha de males que detonam o estar bem respondido em tão breves palavras... Somos “craques” em multiplicar os males e subtrair os bens que temos.
Nós temos o dever de sermos e estarmos mais atentos às coisas boas que recebemos do que às negativas... Quer uma prova? Você ter pegado estas breves e reles palavras neste jornal ou livro para ler... Sinal que tem o dinheiro para comprar e que sabe ler... Já são coisas boas que não se devem esquecer... Viu como temos mais coisas boas que ruins? Tudo depende de nossa leitura da vida que fazemos... Comece a ver coisas boas até mesmo nas ruins e verá que a vida tem uma reserva muito maior de bênçãos do que de maldições.

Com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José, o carpinteiro:

Pe. DelairCuerva, fmdp

sexta-feira, 5 de abril de 2013

ARTIGO DE Pe. DELAIR CUERVA DE 06/04/2013 - ATITUDES FALAM MAIS




ATITUDES FALAM MAIS...
Resignar-se...
Entregar-se à luta de demonstrar que o mundo ainda tem jeito...
Uma coisa aliada à outra ajuda a gente a entender que as coisas nem sempre são como a gente quer ou como a gente espera.
Gosto de imaginar o papa Francisco que, com sua nova forma de ser papa vai espalhando amor pelo ar e vai mostrando a humanidade da santidade. Pelas suas atitudes vemos que ele não veio para ser um tempo, mas para fazer o tempo ser.
Mas não poderia deixar de escrever aqui sobre nossa “mascote”... Nossa “santa” (já que todos somos santos; mas também pecadores)... Nossa Dona AMÉLIA... A mulher da coragem, da ousadia, da alegria, da esperança e da paz... Nosso anjo que se vai indo na vagarosidade dos santos... Na entrega dos que creem e vai deixando as marcas mesmo na quietude e no silencio peculiar de quem está como ela está... Imobilizada num leito da UNESP.
Como não pensar que Deus tem um plano para este momento que ela vive ou sobrevive? Como não imaginar que as coisas que lhe vão acontecendo têm o dever de estar nos ensinando o quanto ainda temos que aprender a viver cada segundo como se fosse o único e o último? E que não podemos perder a calma e a certeza de que as coisas acontecem como tem que acontecer e não como queremos que aconteça? Como não ver o semblante tranquilo, mesmo com o corpo machucado, daquela pequena grande mulher a não murmurar com as agulhadas ou cortes que lhe são feitos para que alcance um melhor momento em meio a estes piores momentos?
É... Temos muito a aprender com nossa sempre nossa (da ASFA), dona Amélia...
Gostaria eu de aprender mais e mais como devemos manter a paz em meio às turbulências e tormentas que a vida oferece ou que nós mesmos semeamos...
Como podemos aprender se não somos alunos que se dedicam tal qual esta “mulher-maravilha” que ensinou na quietude e nos seus beijinhos lançados ao vento, por não enxergar com os olhos da carne, mas sim com os “olhos do coração” e que fazia a alegria da gente?
Como temos coisas a aprender...
Como não podemos deixar que os espaços vazios que nós mesmos plantamos sejam maiores que os espaços preenchidos pelo nosso testemunho de vida e que não podemos permitir que os momentos ruins (que são bem menores) ocupem o espaço das coisas maravilhosas que temos e encontramos.
É... Nosso anjo está a nos ensinar o valor da vida além da morte... Vida que acontece aqui e agora em nossas atitudes e palavras e não nos diplomas e cargos que achamos ter ou levar além daqui.
Só me resta dizer a este anjo emprestado tantos anos para a família dela e para a nossa (minha vida e da ASFA) que a vida é mesmo assim e que tudo tem seu final, mas este final tem que ensinar a gente a ser melhor e, como sempre digo, ensinar a gente a ser mais gente sem querer ser gente demais.
Bem sei que pareço trágico, mas quero só ressaltar os valores de um anjo, de uma “gente especial”... De alguém que me deu aulas de vida no silêncio e que ensinou mais que os livros que estudei e leio, porque me ensinou não com palavras, mas com gestos concretos... É isso que devemos fazer: ensinar em gestos aquilo que dizemos crer e não com meras palavras que vão e vem sem surtir o efeito necessário.

Bom, com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José...
Pe. DelairCuerva,fmdp