ATITUDES FALAM MAIS...
Resignar-se...
Entregar-se à luta de demonstrar que o mundo ainda tem jeito...
Uma coisa aliada à outra ajuda a gente a entender que as coisas nem sempre são como a gente quer ou como a gente espera.
Gosto
de imaginar o papa Francisco que, com sua nova forma de ser papa vai
espalhando amor pelo ar e vai mostrando a humanidade da santidade. Pelas
suas atitudes vemos que ele não veio para ser um tempo, mas para fazer o
tempo ser.
Mas
não poderia deixar de escrever aqui sobre nossa “mascote”... Nossa
“santa” (já que todos somos santos; mas também pecadores)... Nossa Dona
AMÉLIA... A mulher da coragem, da ousadia, da alegria, da esperança e da
paz... Nosso anjo que se vai indo na vagarosidade dos santos... Na
entrega dos que creem e vai deixando as marcas mesmo na quietude e no
silencio peculiar de quem está como ela está... Imobilizada num leito da
UNESP.
Como
não pensar que Deus tem um plano para este momento que ela vive ou
sobrevive? Como não imaginar que as coisas que lhe vão acontecendo têm o
dever de estar nos ensinando o quanto ainda temos que aprender a viver
cada segundo como se fosse o único e o último? E que não podemos perder a
calma e a certeza de que as coisas acontecem como tem que acontecer e
não como queremos que aconteça? Como não ver o semblante tranquilo,
mesmo com o corpo machucado, daquela pequena grande mulher a não
murmurar com as agulhadas ou cortes que lhe são feitos para que alcance
um melhor momento em meio a estes piores momentos?
É... Temos muito a aprender com nossa sempre nossa (da ASFA), dona Amélia...
Gostaria
eu de aprender mais e mais como devemos manter a paz em meio às
turbulências e tormentas que a vida oferece ou que nós mesmos
semeamos...
Como
podemos aprender se não somos alunos que se dedicam tal qual esta
“mulher-maravilha” que ensinou na quietude e nos seus beijinhos lançados
ao vento, por não enxergar com os olhos da carne, mas sim com os “olhos
do coração” e que fazia a alegria da gente?
Como temos coisas a aprender...
Como
não podemos deixar que os espaços vazios que nós mesmos plantamos sejam
maiores que os espaços preenchidos pelo nosso testemunho de vida e que
não podemos permitir que os momentos ruins (que são bem menores) ocupem o
espaço das coisas maravilhosas que temos e encontramos.
É...
Nosso anjo está a nos ensinar o valor da vida além da morte... Vida que
acontece aqui e agora em nossas atitudes e palavras e não nos diplomas e
cargos que achamos ter ou levar além daqui.
Só me
resta dizer a este anjo emprestado tantos anos para a família dela e
para a nossa (minha vida e da ASFA) que a vida é mesmo assim e que tudo
tem seu final, mas este final tem que ensinar a gente a ser melhor e,
como sempre digo, ensinar a gente a ser mais gente sem querer ser gente
demais.
Bem
sei que pareço trágico, mas quero só ressaltar os valores de um anjo, de
uma “gente especial”... De alguém que me deu aulas de vida no silêncio e
que ensinou mais que os livros que estudei e leio, porque me ensinou
não com palavras, mas com gestos concretos... É isso que devemos fazer:
ensinar em gestos aquilo que dizemos crer e não com meras palavras que
vão e vem sem surtir o efeito necessário.
Bom, com um beijo de Jesus, pelos lábios de Maria e no abraço de José...
Pe. DelairCuerva,fmdp
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