quarta-feira, 27 de novembro de 2013

"TEMPO DO ADVENTO"


A palavra “advento” tem origem latina e significa “chegada”, “aproximação”, “vinda”. No Ano Litúrgico, o Advento é um tempo de preparação para a segunda maior festa cristã: o Natal do Senhor. Neste tempo, celebramos duas verdades de nossa fé: a primeira vinda (o nascimento de Jesus em Belém) e a segunda vinda de Jesus (a Parusia). Assim, a Igreja comemora a vinda do Filho de Deus entre os homens (aspecto histórico) e vive aalegre expectativa da segunda vinda d’Ele, em poder e glória, em dia e hora desconhecidos (aspecto escatológico). 
Como se estrutura o Tempo do Advento
O tempo do Advento não tem um número fixo de dias e depende sempre da solenidade do Natal. Ele começa na tarde (1ª Vésperas) do primeiro domingo após a Solenidade de Cristo Rei e se desenvolve até o momento anterior à tarde (1ª Vésperas) do Natal. Ele possui quatro semanas e, por isso, quatro domingos celebrativos. O terceiro domingo do Advento é chamado de domingo da alegria (gaudete, em latim) por causa da antífona de entrada da missa (Alegrai-vos sempre no Senhor), mostrando a alegria da proximidade da celebração do Natal. O tempo do Advento se divide em duas partes. A primeira, que vai até o dia 16 de dezembro, é marcada pela espera alegre da segunda vinda de Jesus. A segunda, os dias que antecedem o Natal, se destaca pela recordação sobre o nascimento de Jesus em Belém.
 As figuras Bíblicas principais do Advento
Dois personagens bíblicos ganham destaque na celebração do Advento: Maria e João Batista. Ela porque foi escolhida por Deus para ser a mãe do Salvador, e ele porque foi vocacionado a ser o precursor do Messias. Ela se torna modelo do coração que sabe acolher a Palavra e gerar Jesus. Ele se torna modelo de uma vida que sabe esperar nas promessas de Deus e agir anunciando e preparando a chegada da salvação. Em ambos se manifesta a realização da esperança messiânica judaica e o anúncio da plenitude dos tempos.
“Atentos e vigilantes”
A espiritualidade do Advento é marcada por algumas atitudes básicas: a preparação para receber o Cristo; a oração e a vivência da esperança cristã. A preparação para receber o Senhor se dá na vivência da conversão e da ascese. Precisamos ter um olhar atento sobre nós e a realidade que nos cerca e nos empenharmos para correspondermos com a ação do Espírito de Deus que quer restaurar todas as coisas. O nosso relacionamento com o nosso corpo e os nossos afetos, com nossos familiares e pessoas íntimas, nossa participação na vida eclesial e social devem estar no foco de nossa atenção. A preparação para celebrar o Natal demanda uma confissão sacramental bem feita e um propósito firme de renovação interior. 
“Orai a todo momento”
Este tempo é marcado por uma vivência mais profunda da vida de oração. A leitura orante deste período nos coloca em contato com as profecias de salvação do Antigo Testamento, com a expectativa que os cristãos da Igreja primitiva tinham da Parusia e com os eventos principais que antecederam o nascimento de Jesus. A recordação dos eventos que antecederam a primeira vinda de Cristo se torna a base da preparação da Igreja para o novo Advento do Senhor. A Santa Missa e a Liturgia das Horas são os principais momentos celebrativos. Os exercícios de piedade, como a oração e a meditação dos mistérios gozosos do Rosário, a oração do Angelus Domini e a Novena de Natal podem ser um caminho feliz para a vivência da oração comunitária neste tempo. 
“Para ficardes em pé diante do Filho do Homem”
Cada um de nós, apesar do pecado e do mal que nos cerca, deve desejar sempre mais a felicidade, aceitando que, em última análise, ela é o Reino dos Céus, a vivência em comunhão plena e eterna com Deus. Para isto é necessário vivermos dirigindo nossa vida para esta meta, colocando nossas forças no socorro da graça do Espírito Santo. Deus já nos criou desejando a felicidade. Contudo, por causa do pecado, vamos procurando nas criaturas aquela completude que só pode ser vivida na comunhão com o Criador. O Advento nos propõe entendermos todas as coisas na sua relação com Deus e usarmos elas como meios de estarmos com Ele, colocando nossa esperança nas realidades que não passam. 
Para aprofundar...
Para saber mais sobre o assunto, indicamos CIC, nos 1168 até 1171; no Compêndio do Catecismo, perguntas de 241 e 242; no Youcat, perguntas de 184 até 186; e, Sacrosanctum Concilium, parágrafos 102 e 105.
Pe. Vitor Gino FinelonVice-Diretor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida


sábado, 16 de novembro de 2013

"AMADAS FILHAS DA VIRGEM MARIA"


"AMADAS FILHAS DA VIRGEM MARIA"

VENHA JUNTAR-SE AO GRUPO DAS "AMADAS FILHAS DA VIRGEM MARIA"!

NOS REUNIMOS TODOS OS DOMINGOS ÀS 18h15, ANTES DA MISSA DAS 19h00, NA PARÓQUIA, PARA REZARMOS O TERÇO, COORDENADO PELA SRA. DAYSE!
NOSSO PROJETO É FAZERMOS VISITAS E LEVAR A PALAVRA DE DEUS AOS NECESSITADOS.

“A oração do terço permite-nos fixar o nosso olhar e o nosso coração em Jesus, como sua Mãe, modelo insuperável da contemplação do Filho – disse Bento XVI em 12 de maio de 2010, no Santuário de Nossa Senhora de Fátima.
Ao meditar os mistérios gozosos, luminosos, dolorosos e gloriosos ao longo das 'Ave-Marias', contemplamos todo o mistério de Jesus, desde a Encarnação até a Cruz e a glória da Ressurreição; contemplamos a participação íntima de Maria neste mistério e a nossa vida em Cristo hoje, também ela tecida de momentos de alegria e de dor, de sombras e de luz, de trepidação e de esperança.”
“A graça invade o nosso coração no desejo de uma incisiva e evangélica mudança de vida, de modo a poder proclamar com São Paulo: 'Para mim viver é Cristo' (Flp 1, 21), numa comunhão de vida e de destino com Cristo.” 

O terço  “arma espiritual” que invoca Maria como a “vencedora das heresias”

"É necessário voltar a Maria se quisermos voltar à verdade sobre Jesus Cristo, à verdade sobre a Igreja e à verdade sobre o homem".
FONTE: www.aleteia.org/pt/estilo


VAMOS COLABORAR COM "CASA DE APOIO ESPERANÇA"

"CASA DE APOIO ESPERANÇA"

A "CASA DE APOIO ESPERANÇA", mantida pela Associação Paulo VI, fundada em julho de 1989, é uma entidade beneficente sem fim lucrativos, com a missão de acolher os portadores e doentes do HIV/AIDS do sexo masculino, cadeirantes, sem condições de locomoção, deficientes com total falta de recursos financeiros, sem formação educacional e abandonada.

Possui 16 vagas, fornece alimentação diária balanceada, controle nos horários de medicações, acompanhamento psicológico e social. Todos os pacientes são registrados e encaminhados pelos Centros de Referências Estaduais e Municipais, bem como pelo Hospital Emílio Ribas. Acompanhamento médico realizado pelos Órgãos acima descritos.

Os recursos financeiros são poucos, provenientes de contribuição de pessoas físicas, tanto financeira como doação de alimentos e do bazar beneficente.

Para continuar mantendo este trabalho a "CASA DE APOIO ESPERANÇA" busca mais parceiros que possam apoiar, bem como doações, em espécie, que deverão ser depositadas na seguinte conta:


  • BANCO BRADESCO
  • AGÊNCIA: 2500-3
  • CONTA CORRENTE: 1089-8
  • NOME: ASSOCIAÇÃO PAULO VI
  • CNPJ: 62.026.299/0001-00
Conheça o trabalho da "CASA DE APOIO ESPERANÇA" através do site:
www.casaapoioesperanca.com.br

Ou faça uma visita:

Rua Dr. Álvaro Osório de Almeida, 315 - Jardim Bonfiglioli - SP
Tel: 3733.4940

"NOSSA ESPERANÇA É VOCÊ!"
"FAÇA PARTE DESTE SONHO!"

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Homilia Pe Flávio - XXXII Domingo do Tempo Comum 10/11/2013

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Sinos anunciando que estamos celebrando o mistério da nossa fé!

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Momentos iniciais Missa XXXII Domingo do Tempo Comum

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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

MOMENTOS DA MISSA ENCERRAMENTO EJC 03 11 2013

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domingo, 3 de novembro de 2013

Homilia Padre Flávio Hellington - 03/11/2103

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ENCERRAMENTO EJC 03/11/2013

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PAI NOSSO CANTADO ENCERRAMENTO EJC 03/11/2013

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sábado, 2 de novembro de 2013

MISSA FÉIS DEFUNTOS - HOMILIA PADRE FLÁVIO 01/11/2013

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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Artigo Padre Delair – Jornal Diário da Serra – 03/11/2013

Santa Missa 26.10 (41)

Pensando na vida…
 “Por melhor que seja alguém chega o dia em que há de faltar…”.
Fiquei pensando nesta frase de uma música católica que geralmente se cantam em Missas de sétimo dia ou de corpo presente e realmente faço dela minha verdade de vida e de morte, já que celebramos por estes dias o “Dia de finados”.
Sabe que muita gente pensa que “ficará pra semente” como diria o povo de minha cidade?
É… Tem gente que vive de tal forma que acha estar aqui para sempre e que não terá que prestar contas, senão a Deus, como chamamos Aquele primeiro motor que gerou a humanidade como creem alguns filósofos ou às próprias consequências da vida que se leva.
A vida aqui é algo que se vai ( e como vai)… Cada dia a mais aqui é um dia a menospois vai engolindo cada instante e cada momento!
Lógico que não podemos parar somente a pensar que estamos de passagem… Temos que fazer algo para alguém e que envolva a gente mesmo… Mas não com a ilusão de que somos o centro… “A última bolacha do pacote”… Mas que temos por obrigação sermos uma “joia rara” para termos um “sangue bom”, vislumbrando um “novo horizonte” e assim demonstrarmos o “amor à vida”, sem sermos “rebeldes”.
Cada vez que eu tinha um problema, na minha outra estadia em Botucatu, corria ao cemitério Jardim para me lembrar da vida que passa e, sempre recebia uma ligação da Dagmar a dizer: se ele está no cemitério é porque tem algum problema e precisa pensar na vida… E realmente era verdade… Nos meus problemas de vida gosto de ir ao cemitério pra pensar na minha vida e que esta mesma vida é passageira e não pode ficar desmerecida na certeza de que a morte é que me leva a ser melhor, já que nós católicos cremos que ela é somente o momento de estar diante do Criador a receber nossa sentença das coisas boas e das não tão boas que fizemos.
Sei que este texto está um tanto quanto fúnebre demais, mas se faz necessário a gente pensar, não é?
A vida não pode ser levada como um joguete ou como algo que somente passa… Temos que vivê-la sabendo que foi um presente e que não pode simplesmente passar, mas sim nos levar a viver intensamente, não deixando que cada milésimo de segundo não seja especial; afinal de contas sem este milésimo não teremos o segundo inteiro e assim por diante alcançando os dias e anos de vida.
Você que está lendo este artigo se torna responsável a partir de hoje a viver intensamente…
Você que está pensando em sua vida se torna responsável a ser feliz fazendo o mundo mais feliz! Afinal, plagiando Saint-Exupéry (autor do livro “O Pequeno Príncipe”): “ Tu te tornas responsável por aquilo que cativas”… Diria eu: Tu te tornas responsável pela vida que levas e pelas pessoas que fazes viver contigo a aventura de viver.
Não estamos aqui por estar e você não leu isso por nada… “Nada é coincidência, mas tudo é providência”.
Com um beijo de Jesus, que viveu e morreu fazendo tudo acontecer e mudou o mundo, pelos lábios de Maria que foi elevada aos céus por fazer parte da vida nova em Cristo e nos braços de José, o homem que fez de seu tempo um tempo de vida nova…Eu, que passo por este mundo querendo deixar algo de mim aqui quando for embora:

Pe. DelairCuerva,fmdp

NB: Visite nosso site: www.asfabrasil.com

DIA DE FINADOS: COMEMORAÇÃO DOS FÉIS DEFUNTOS

No dia 2 de novembro, celebramos de modo especial a memória dos nossos irmãos já falecidos, rogando a Deus por eles. A liturgia realça a ressurreição e a vida, tendo como referência a própria ressurreição de Cristo. Embora sintamos a morte de alguém, acreditamos na vida eterna. Por isso Santo Agostinho nos recomenda: “Saudade sim, tristeza não.”

ORIGEM - A lembrança dos falecidos sempre esteve presente nas celebrações da Igreja, com um momento especial na missa, desde início do cristianismo. Já no primeiro século, os cristãos rezavam pelos falecidos, visitavam os túmulos dos mártires nas catacumbas para orar por eles. No século IV, já se encontra a memória dos mortos na celebração da missa. Desde o século V a Igreja dedica um dia por ano para fazer oração por todos os falecidos. Mais tarde, fixou-se o dia 2 de novembro como dia especial de oração pelos mortos.

SOLIDARIEDADE ESPIRITUAL - De acordo com a doutrina cristã, existe um estado de purificação, depois da morte, chamado Purgatório. “Os que morrem reconciliados com Deus, mas carregando faltas, misérias, dívidas espirituais por pecados cometidos, necessitam se purificar para que possam entrar no Reino de Deus, que é o reino da santidade perfeita. Rezamos pelos nossos mortos, pois a Igreja ensina que, pela solidariedade espiritual que existe entre os batizados, temos condições de oferecer preces, sacrifícios em sufrágio das almas do purgatório.” Por isso oferecemos orações e missas pelos falecidos.

SENTIDO DO DIA - Na piedade popular inspirada em nossa fé católica, o Dia de Finados é marcado por três características: é o dia da saudade, o dia de fazer memória, o dia de professar a fé na ressurreição. É dia da saudade, pois nos faz sentir a ausência de quem foi presença em nossas vidas; ao mesmo tempo que se sente a ausência, revive-se a presença. Mas a memória dos entes queridos que partiram é confortada pela nossa fé na ressurreição. Se a certeza da morte nos entristece, a promessa da ressurreição nos faz viver da esperança de que a morte não é o fim da vida, mas é a passagem de uma vida peregrinante por este mundo para a vida na pátria definitiva.

VIDA TRANSFORMADA - Para o cristão, a morte é o início de uma nova etapa. Embora a tristeza nos domine quando perdemos um ente querido, a esperança nos consola, pois, como rezamos na Liturgia, “para os que crêem, a vida não é tirada, mas transformada; e desfeito o nosso corpo mortal, nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.” A fé na ressurreição encoraja nosso viver e nos impulsiona à prática do bem, deixando-nos conduzir pelo Espírito Santo.

GARANTIA DE RESSURREIÇÃO - O Apóstolo Paulo nos ensina: “Se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Cristo Jesus dentre os mortos dará vida também aos vossos corpos mortais.” Para essa esperança, o próprio Deus nos deu a garantia ressuscitando o seu Filho Jesus. Se Deus ressuscitou a Ele, então nós temos a prova de que este Deus não deixa os mortos na morte. Se Deus ressuscitou Jesus, diz Paulo, então “Ele também ressuscitará a todos nós.” (1 Cor 6,14)

CHAMADOS À RESSURREIÇÃO - Na Profissão de Fé rezamos: Creio na ressurreição, creio na vida eterna. Que essa fé nos impulsione na caminhada até Deus, seguindo os ensinamentos de Jesus Cristo. Assim construiremos uma vida feliz que se realizará de forma plena e perfeita após a morte, quando seremos envolvidos pelo abraço amoroso de nosso Pai. Todos morremos mas somos chamados à ressurreição por Cristo. Por isso o Dia de Finados é um convite a celebrarmos a vida e a esperança.

Dia de Finados: comemoração dos fiéis defuntos
Prof. Renold J. Blank

A festa de finados nos confronta ano por ano com a mesma questão: o que aconteceu com os nossos mortos? Será que eles desapareceram para sempre? Ou será que eles entraram em novos ciclos de reencarnação, de tal maneira que voltarão em outra época e em outra forma, para viverem mais uma vida? Ou será que eles chegaram àquelas outras dimensões, das quais a religião cristã nos fala? Três possibilidades. Três alternativas. Qual delas é a verdadeira? Quem tem razão? A pergunta está sendo formulada. E diante do fato de nossa morte, da morte de nossos entes queridos, se exige uma resposta.

O Apocalipse de São João, numa visão grandiosa nos apresenta a imagem de “uma grande multidão que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9), reunidos em torno de Deus numa felicidade inimaginável. Eles “não mais têm fome nem sede, nem cairá sobre eles o sol nem calor algum” (Ap 7,16). Na imagem desta multidão, o autor do apocalipse quer transmitir aquilo que é o centro da Boa Nova cristã. A certeza de que o nosso destino final não será em algum lugar assombroso dos mortos, nem num “xeol” despersonalizado, nem numa nova vida terrena depois de mais uma reencarnação.

O nosso destino final é a comunhão pessoal e íntima com Deus. É este o plano dele e é para isso que Ele nos criou. Para que nele e através dele cheguemos à nossa plenificação. Esta plenificação, no entanto, não é o resultado de centenas e milhares de vidas, vividas no decorrer de sempre novas reencarnações. Ela é dom e graça de Deus que ama. De um Deus que se apaixonou por nós, e que, por causa disso, nos ressuscitará depois de uma única vida, para que sejamos para sempre unidos a Ele. Unidos com aquele que nos ama, numa êxtase de amor, pela qual o apóstolo Paulo, balbuciando, só consegue dizer que “nem o olho viu, nem o ouvido ouviu, nem jamais penetrou no coração do homem, o que Deus preparou para aqueles que amam.” ( 1 Cor 2,9)

No festa de Finados exprimimos a esperança de que os nossos entes queridos que já morreram já chegaram a este destino. Destino de todos nós. Destino planejado para nós, por um Deus que nos ama. Destino feliz, de tal maneira que o Dia de Finados pode ser uma das nossas maiores festas. Uma das nossas celebrações mais alegres e felizes, porque aqueles que nós amávamos já chegaram a um destino tão maravilhoso. O que nós celebramos neste dia, é a festa da ressurreição dos nossos entes queridos, e a esperança firmemente fundamentada em Jesus Cristo, que também nós, um dia, vamos ressuscitar.

(Extraído de “Consolo para quem está de luto” - Edições Paulinas)
Fonte: http://www.diocesedepiracicaba.org.br