Devaneios da vida moderna.
Às vezes não entendemos o motivo de darmos certos passos...
Certas
decisões que devastam as coisas e pessoas que estão ao nosso lado...
Coisas que não são como a gente quer ou como queremos que sejam...
Se as coisas não são de nossa maneira já caímos fora e não aceitamos as mudanças ou que os outros tenham razão...
Em
nossos encontros e “trombadas” do dia a dia nos impactamos com tantas
adversidades que nem sempre somos os mais certos ou os mais coerentes...
Somos sim impactados pelo nosso orgulho de não querer mudanças que
provenham de outrem e não de nosso próprio umbigo... Como é triste ver
que pessoas que dizem crer em Deus possam agir desta maneira.
Outro
dia uma pessoa, só porque esqueci seu aniversário me disse que eu a
feri e a magoei por ter-me esquecido e agiu de forma brusca ao falar
comigo sem sequer me dar o direito de me defender... Outra prefere sair
do grupo de amigos porque não quer mudar ou “rebaixar-se” diante de
outra que se defendeu... Cada coisa! Sabe que fico preocupado no pensar
de para onde vai nossa sociedade? Se cada um fizer o que quer sem o
dever de mudança; como serão nossos futuros protagonistas da história?
(Nossas crianças de hoje que veem estas atitudes dos “ditos” adultos).
Me
impacto com este pensamento egoístico que temos nesta sociedade moderna e
me preocupo em perceber que somos sim egoístas e mesquinhos em querer
somente nós crescermos e não nos preocupar com os outros ao nosso
derredor... Somos sim um povo moderno, mas tão primitivos em olhar para
nossa própria vida esquecendo que os outros têm o direito de viver e de
pensar diferente de nós... Como precisamos mudar e ter atitude de
ouvintes, mesmo que esta atitude fira nossos “princípios” e, porque não
dizer “nossas morais”.
Um
dia disse a Dom Maurício que tenho medo de perder a confiança no ser
humano ao que ele me disse que não podemos perder, pois o ser humano tem
seus devaneios e tudo o mais, mas são criaturas de Deus e merecem
crédito... Isso ficou em minha cabeça... Mas que dá vontade de nada mais
fazer; ah, isso dá... Ainda bem que fica somente na vontade assim como
fica na vontade de certos pais de abandonarem seus filhos ao
esquecimento, mas o amor os leva a assumirem de novo as rédeas da
família e seguirem avante; isso quando dá tempo... Este dito de “socar o
pé na barraca” não pode acontecer em nós que dizemos crer... Afinal não
somos os donos do mundo, mas os filhos do Dono e se nós desistimos
daquilo que nos faz felizes em troca do medo de quebrar nosso orgulho
mesquinho e “besta” em voltar atrás é porque não sabemos viver em
sociedade e sequer queremos ser felizes pois a felicidade consiste nos
cortes que a vida nos dá... Não digo que temos que ser “amélias”, mas
sim que temos o dever de aprender com nossas quedas e erros para
crescermos amanhã e, nessas quedas, aprendermos o dom de sermos humildes
e não medíocres, pois assim aprenderemos que as conquistas de amanhã
dependem de nossas quedas no hoje.
Quando
será que o ser humano “moderno” aprenderá a perder para ganhar e não
viver somente querendo estar no “topo da onda”? Afinal o esporte nos
ensina que se faz necessário perder para aprender a ganhar.
Vejamos
de acordar para ver no que vai dar nosso orgulho e que saibamos olhar
para o “podium” do final da corrida e não para os solavancos ofertados
durante o trajeto...
Paremos
a pensar nos motivos de nossas perdas na vida... Será que mereceríamos
ganhar naquele momento? Ou será que o erros estão sempre no outro?
Porque perdemos pessoas que amamos ou que nos amam no decorrer de nossa
história? Não precisamos de ágeis mudanças em nós ou sempre são os
outros os errados da história?
Aprendamos
com Jesus nesta quaresma... Mesmo estando certo morreu para ressuscitar
em nós a certeza da vitória... Ninguém soube mais amar que Ele e mais
perder que Ele para nos ensinar que é perdendo que se encontra e é
morrendo que se ressuscita para a vida eterna.
Com
um beijo de Jesus (que perdeu para encontrar), pelos lábios de Maria (
que aceitou mesmo sem entender) e no abraço de José (que tudo cedeu em
prol de Maria, a quem amou)...
Eu, pior dos alunos da vida:
Pe. DelairCuerva, fmdp.
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